Nas últimas décadas, nos acostumamos a alimentar cães e gatos de maneira prática e rápida, “imitando” nossos próprios hábitos alimentares. Fast foods e congelados, e toda sorte de alimentos ultraprocessados fazem parte da nossa dieta.
Felizmente, somos conscientes e procuramos não tornar esse tipo de alimentação um hábito. Mas e nossos pets? Será que a ração, por mais bem recomendada que seja, por mais atraentes que sejam os dizeres da embalagem, é a melhor opção para eles?

Alimentos ultraprocessados, biologicamente inapropriados
Acreditamos que não. Em primeiro lugar, porque esses produtos pertencem à categoria de alimentos ultraprocessados. Só esse motivo já seria o suficiente para descredenciá-los como alimentos saudáveis e nutritivos.
Em segundo lugar, porque as rações para pets são alimentos biologicamente inapropriados tanto para cães quanto para gatos. Ou seja, elas não atendem as necessidades nutricionais desses animais. Portanto, não promovem a saúde, apenas os mantêm vivos.
E ainda que eles se mostrem saudáveis no começo de suas vidas, há um declínio da vitalidade ainda na fase adulta e o surgimento de várias doenças.
Obesidade, diabetes, insuficiência renal, artrite, alergias e até câncer são algumas das doenças que geralmente estão associadas ao consumo de rações.
A partir de agora, vamos conhecer um pouco da indústria de pet food e saber do que seu cachorro ou gato está realmente se alimentando.
A indústria de pet food

Rações para pets existem há pelo menos 1 século. Mas elas ganharam popularidade após a Segunda Guerra Mundial, acompanhando o crescimento das cidades.
Em uma época de grande prosperidade econômica e avanço tecnológico, a indústria de pet food viu seu mercado crescer rapidamente com o aumento das “sobras” da indústria alimentícia humana e o surgimento de novos processos de produção alimentar.
No entanto, apesar da grande quantidade e tipos de rações disponíveis hoje no mercado, nossos cães e gatos não estão tão saudáveis quanto poderiam ser. É provável que você já tenha experimentado versões diet, light, sem grãos, para pets idosos, com problemas renais etc.

Do que são feitas as rações e quais seus ingredientes
Você já parou para olhar no que está escrito nas embalagens das rações? Não me refiro à parte da frente, em que as palavras “natural”, “completo e balanceado” abundam. Mas àquelas letras miúdas atrás.
Certamente, nos sentimos confortados com o marketing presente nas embalagens. E não só nas de pet food, mas nas dos nossos próprios alimentos. Entretanto, uma leitura atenta nos mostra uma quantidade de componentes que nem sequer conseguimos ler/entender direito. Ficamos perdidos sem saber o que realmente estamos dando aos nossos cães e gatos.
Milho, trigo, soja, arroz
Mas, para além dos nomes químicos, podemos encontrar ingredientes que identificamos como sendo ‘alimentos’, entre eles: milho, trigo, soja, arroz. E isso é um grande problema, uma vez que cães e gatos são essencialmente carnívoros. O primeiro é um carnívoro facultativo, o segundo, um carnívoro obrigatório. Por isso, não têm suas necessidades nutricionais atendidas de maneira satisfatória . Consequentemente, não apresentam uma saúde ótima. Como foi dito anteriormente, esse tipo de dieta apenas os mantêm vivos.
A seguir, vamos entender por que esses alimentos não devem predominar na dieta de cães e gatos. Também vamos saber por que é impossível que as rações ultraprocessadas não contenham uma boa quantidade de carboidratos no produto final.

Fisiologia de cães
Quando olhamos para nosso cãozinho, não importa o tamanho, sempre o vemos como um pet fofinho que gosta de brincar de bolinha. Entretanto, ele tem muito mais afinidade com o lobo selvagem do que você pode imaginar.
Para se ter uma ideia, cães e lobos podem produzir filhotes férteis, quando criados juntos. Este é um dado surpreendente, pois elefantes africanos e asiáticos não têm essa capacidade, por exemplo. Embora ambos sejam elefantes.
Mas vamos conhecer um pouco a fisiologia dos cães e entender como eles aproveitam os nutrientes contidos na sua dieta.
Ausência de amilase
Os alimentos de origem vegetal contêm grande quantidade de celulose e amido. Esses nutrientes requerem enzimas digestivas únicas, bem como uma dentição adequada para moer e quebrar os componentes.
Para que sejam convertidos em açúcares, celulose e amido precisam das enzimas amilase e celulase. Herbívoros e onívoros têm amilase salivar, que dá início ao processo de digestão. Entretanto, como evoluíram comendo muito pouco vegetal, cães não secretam amilase salivar.
Trato do intestino
Comparado com os herbívoros e onívoros, cães têm um trato do intestino bem mais curto. Em média, o trato gastrointestinal dos primeiros é de 30 metros, o do segundo (como os humanos) varia entre 6 e 12 metros. Em contrapartida, cães têm cerca de 60 centímetros de trato gastrointestinal. E isso se deve ao fato de não terem uma área onde possa ocorrer a fermentação de celulose.
Por fim, vemos que a presença de caninos alongados é ideal para perfurar e rasgar as presas. Não para moer os alimentos.

Os gatos
Gatos são carnívoros obrigatórios. Portanto, precisam de proteína animal para se desenvolver plenamente. Eles não podem ficar sem carne na sua alimentação.
Assim como os cães, não possuem amilase salivar e têm longos caninos. Além disso, seu trato digestivo é ainda menor que o do cão, entre 30 e 38 centímetros.
Como carnívoros obrigatórios, os gatos não estão “equipados” para digerir proteínas vegetais com tanta eficiência que as proteínas animais. Estas oferecem os nutrientes de que os gatos precisam, pois apresentam um perfil completo de aminoácidos (blocos de construção de proteínas) para a boa saúde do animal. Por isso, sem uma dieta carnívora, os gatos começam a apresentar carências de certas vitaminas e ácidos graxos, levando a problemas sérios de saúde e até à morte.
A importância da umidade na alimentação felina
Além disso, outro ponto importante a se considerar na dieta dos felinos é o fato de as rações serem muito secas. Isso é um grande problema para os gatos em especial, pois esses animais evoluíram para obter a água dos alimentos que consomem. Por isso, gatos necessitam de uma dieta rica em umidade.
E não adianta só deixar à disposição uma tigela de água, pois os gatos não são tão responsivos às sensações de sede como os cães. Eles não irão compensar com eficiência a falta de umidade do alimento com ingestão pura de água.
Como consequência, muitos gatinhos sofrem com insuficiência renal, alergias e problemas digestivos. Infelizmente.
Bom, já falamos que tanto cães e gatos, pela fisiologia e constituição, têm necessidade de proteína animal. Gatos ainda mais que os cães. Em seguida, vamos saber como são feitas as rações e por que elas não são uma boa opção para seu companheiro.

O processo de produção das rações
Para que os alimentos se transformem naquelas rações em forma de croquetes, eles têm de passar por um processo chamado de extrusão. Esse processo foi introduzido na fabricação de ração para pets em 1956 nos Estados Unidos e se popularizou no mundo todo.
Na extrusão, os alimentos são moídos, cozidos, misturados e processados em farinha de carne e proteína de ervilha, por exemplo. Essa mistura entra na máquina extrusora, onde é aquecida para formar uma massa, que é cozida sob intenso calor e pressão. Em seguida, o produto é cortado, para se moldar à forma e tamanho desejado.
Então, as rações vão para o forno, onde são secas.
Ao final do processo, intensificadores de sabor são pulverizados.
Você percebeu que os ingredientes são submetidos ao aquecimento quatro vezes? Esse processo, além de destruir a maioria dos nutrientes, libera compostos cancerígenos. Além disso, obriga a adição de ingredientes sintéticos, como vitaminas e minerais.

Enchimentos de amido
Com a finalidade de manter a ração naquela forma de croquete e torná-la crocante, uma grande quantidade de amido é incluída na mistura. Esse tipo de carboidrato expande quando aquecido em ambiente úmido. Mas também se conserva expandido após seco e resfriado. Por isso, todas as rações secas ultraprocessadas têm, entre seus ingredientes principais, amidos como milho, trigo, arroz, soja, ervilha etc.
Também, por serem ingredientes baratos, esses alimentos proliferam nas rações, embora não sejam muito adequados para a nutrição dos cães e gatos.
A ilusão de uma boa nutrição
Certamente, a rapidez, a praticidade e a falsa sensação de segurança de que estamos fornecendo uma dieta “completa e balanceada” aos nossos pets fizeram com que as rações ultraprocessadas se tornassem a principal fonte de alimento de nossos cães e gatos. Soma-se a isso os lucros exorbitantes das companhias, que se beneficiaram de um marketing ostensivo.
Contudo, os fabricantes de ração defendem que esses produtos são completos e balanceados, e que satisfazem as necessidades de cães e gatos de todos os tipos, raças, idade etc. Alegam ter a fórmula ideal para cada necessidade. Reivindicam para si a responsabilidade de nutrir seu cão e gato.
Entretanto, os animais sofrem cada vez mais de doenças comuns a nós, humanos. Inegavelmente,doenças que são, em grande parte, atribuídas a nossa alimentação inadequada. Diabetes, hipertensão, obesidade, doenças cardíacas, câncer.
A fala de um especialista
Com a finalidade de reforçar nosso discurso, apresentamos o médico veterinário britânico, Dr. Nick Thompson. Ele também alerta para o consumo de rações para cães e gatos, e as categoriza como ultraprocessados. E diz:
A razão pela qual eu não recomendo rações, é porque são alimentos ultraprocessados. Ou seja, alimentos derivados de comida, mas que, na realidade, não o são. Isso me aterroriza, pois você se atentar para as definições de produtos ultraprocessados, elas se aplicam completamente às rações.
E continua:
Se eu levasse meus filhos ao pediatra e dissesse, “este é um pacote de comida para criança. É ultraprocessado, cientificamente formulado, completo e balanceado. É como vou alimentá-los por toda infância”, seria preso.
E já que o Dr. Thompson fez essa relação clara entre as rações para pets e os alimentos ultraprocessados, vamos falar um pouco sobre eles.

Os alimentos ultraprocessados
O termo “ultraprocessado” foi o termo nomeado pelo NUPENS/USP (Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo). Ele é chefiado pelo Dr. Carlos Monteiro. Sua definição, é:
Produtos que, de fato, não são alimentos. São feitos com base em componentes extraídos a partir de alimentos. Mas que não têm matriz alimentar.
Dr. Carlos Monteiro, Seminário FRUTO, janeiro de 2020.
Com o intuito de ilustrar para você, tutor (a), selecionamos alguns dos alimentos considerados ultraprocessados que consumimos. Entre eles, estão:
- Biscoitos
- Sorvetes
- Cereais matinais
- Salgadinhos de pacote
- Iogurtes
- Bebidas lácteas adoçadas
- Molhos prontos
- Achocolatados
- Refrescos
- Refrigerantes
- Pães de forma
- Margarina
- Produtos congelados e prontos para o consumo, como pizzas, hambúrgueres, nuggets, salsichas etc.
Infelizmente, esses produtos ainda fazem parte da nossa dieta. E eles têm em comum as seguintes características:
- São muito calóricos
- Ricos em açúcar e gorduras saturadas ou trans
- Pobres em proteínas, vitaminas e fibras
- São extremamente palatáveis
- Possuem alto índice glicêmico
- Têm baixa saciedade
- Têm um elevado número de ingredientes, muitos dos quais não utilizados na culinária
- Maior prazo de validade
- Podem levar à dependência
Marketing agressivo
Porque são fabricados por empresas que lucram enormemente com essas vendas, utilizam estratégias de marketing agressivo. Sem dúvida, é só você prestar atenção nas propagandas veiculadas na televisão e internet para notar. Os alimentos anunciados são os pertencentes à categoria de ultraprocessados.
Agora, dê uma lida na embalagem de ração do seu cão ou gato. Verifique os ingredientes, veja o prazo de validade. O que essas informações lhe dizem?
“O que você coloca na tigela do seu animal de estimação é uma das decisões de saúde mais importantes que você já tomou.” Bárbara Royal, veterinária integrativa.

Alimentação natural para cães e gatos, vamos começar
Em primeiro lugar, devemos esclarecer que alimentação natural para cães e gatos não é somente dar um pedaço de bife do açougue, pois ele, sozinho, não vai suprir as necessidades de vitaminas e minerais de que cães e gatos precisam.
Sem dúvida, na natureza, esses animais se alimentariam de muitas partes do animal. E incluiria pés, olhos, cérebro, fluídos, órgãos, intestino e ossos. Por isso, mesmo na segurança do nosso lar, precisamos fornecer os mesmos componentes, “imitando” a dieta dos seus ancestrais.

Dieta crua ou cozida?
De maneira geral, veterinários que defendem uma alimentação natural para cães e gatos têm preferência pela alimentação crua.
A veterinária integrativa Barbara Royal, por exemplo, autora do livro “The Royal’s Treatment”, indica um leve cozimento no forno. Apenas para mudança de cor, para o consumo de animais que estão com mecanismos de defesa comprometidos.
Da mesma forma, outros veterinários integrativos, como a Dra Karen Backer, Ian Billinghurst, defendem uma dieta crua. Aqui no Brasil, temos a Dra. Sylvia Angélico, do portal Cachorro Verde. A Dra. Sylvia, embora seja uma das precursoras da alimentação natural para cães e gatos no Brasil, apresenta tanto dietas cozidas quanto cruas. Mas todas contendo alimentos naturais.
Entretanto, em animais saudáveis, a opção ideal é uma alimentação natural para cães e gatos crua. O cozimento destrói vitaminas e enzimas, e reduz o valor das proteínas.
Mas, com certeza, ainda há muita mistificação em torno de alimentos crus. Por isso, vamos esclarecer alguns pontos relativos ao consumo de alimentação natural para nossos cães e gatos.

Mitos sobre a alimentação natural crua para cães e gatos
MITO 1
Não é seguro dar carne crua para cães e gatos, eles podem se contaminar com Salmonela.
RESPOSTA:A saber, cães e gatos têm a capacidade de processar, de forma eficiente, cargas normais de bactérias presentes em suas presas . Isso explica o fato de eles lamberem o traseiro, comerem fezes e não morrerem por causa desses comportamentos.
Além disso, tanto o estômago do gato quanto do cão é muito, muito ácido. Assim, bactérias nocivas não têm como sobreviver.
Mas, se você está preocupado/a com sua própria segurança, basta atentar-se aos protocolos de higiene que você toma ao fazer sua própria comida: lavar bem as mãos, esterilizar superfícies e utensílios.
Contudo, o que você, tutor(a) não sabe é que também há um sério risco de contaminação pelo manuseio das rações, pois elas também podem conter bactérias e micotoxinas (substâncias químicas produzidas por fungo). Elas se proliferam em alimentos, como rações e cereais. E quanto maior o tempo em que esses produtos são estocadas, maior o risco de contaminação.
MITO 2
É preciso ser especialista em nutrição canina e/ou felina para alimentar meu pet.
RESPOSTA: Você não tem que ser especialista em nutrição para alimentar a si e sua família, não é mesmo? Então, por que teria de sê-lo para alimentar seu cachorro ou se gatinho? Decerto, com um pouco de conhecimento e orientação, é possível fornecer aos pets uma nutrição adequada, sem precisar fazer pós-graduação em nutrição animal, o que nos leva ao mito 3.
MITO 3
Cada refeição deve ser completa e balanceada.
RESPOSTA: O balanceamento dos nutrientes deve ser alcançado ao longo do tempo, por meio de refeições variadas.
Portanto, não se engane com as propagandas das rações, que dizem ter a fórmula exata e cientificamente formulada para oferecer uma refeição “completa e balanceada”. VOCÊ, tutor ou tutora, pode proporcionar a melhor nutrição ao seu pet.
MITO 4
Alimentação natural para cães e gatos custa caro.
RESPOSTA: Se você está comprando a marca mais popular de ração, certamente terá de gastar mais com a comida do seu cachorro ou gato. Entretanto, se se preocupa com a alimentação do seu companheiro, já está dando uma ração mais cara. Além disso, sempre é possível encontrar cortes mais baratos de carne, sem, contudo, abrir mão do valor nutricional.
Nesse sentido, se você for pensar nos gastos ao longo da vida do animal, se surpreenderá com a economia que fará com o veterinário, ao dar uma alimentação saudável e natural para ele.
Com uma alimentação natural, com alimentos de verdade, é possível evitar uma série de doenças e melhorar a saúde em geral de cães e gatos. Os benefícios são muitos!

Benefícios da alimentação natural para cães e gatos
Seu cachorro ou gato só tem a ganhar ao receber uma alimentação natural biologicamente apropriada às suas espécies. Os veterinários integrativos adeptos a essa dieta (e algumas pesquisas) nos mostram que o caminho da longevidade e da saúde ótima passam pela alimentação:
Fezes menores, menos frequentes
Em primeiro lugar, você irá notar que as fezes do seu pet vão ficar mais consistentes, menores. Além disso, ele também irá fazer menos cocô. A explicação é simples: eles irão aproveitar mais os nutrientes que consumirem pelo fato de que os alimentos naturais serem mais digestíveis. Com isso, cães e gatos defecam menos, numa frequência menor.
Melhora na função intestinal
Em 2017, um estudo publicado na Journal of Animal Science sobre como diferentes dietas afetam o microbioma (grosso modo, é a presença de bactérias “boas” no organismo) dos cães mostrou que os alimentos crus ou levemente cozidos são mais facilmente digeridos do que as rações secas por esses animais.
Além disso, o estudo mostrou que, apesar de conterem maior teor de gordura do que as rações secas, tanto a dieta crua quanto a levemente cozida diminuíram a concentração de triglicérides no sangue.
Melhora na função dos rins
Principalmente em gatos, que não têm o hábito de beber muita água, o consumo de rações secas é muito preocupante. Elas contém apenas 1 décimo de umidade que o felino encontraria numa presa, na comida natural ou até mesmo na ração em lata, o que causa um enorme estresse nos rins e bexiga.
Prevenção de obesidade, diabetes ou perda de peso (caso esteja em sobrepeso)
Todas as rações secas têm muito amido. Ele é imprescindível na produção dos croquetes. Entretanto, em virtude de sua grande quantidade e pelo fato de que nem cães nem gatos estarem “equipados” para aproveitar bem essa fonte de energia, os níveis de açúcar no sangue elevam-se, podendo levar à diabetes. Uma alimentação natural não utiliza alimentos muito ricos em carboidratos na sua composição. Cães e gatos consomem o que seu organismo realmente lhes pede.
Além disso, devido à presença de componentes que não são nutricionalmente adequados, como proteínas de baixa qualidade e excesso de carboidratos, cães e gatos não têm a sensação de saciedade que teriam se comessem alimentos naturais e biologicamente apropriados. Por isso, estão sempre com fome, e tendem a consumir mais ração do que o necessário, levando ao aumento de peso.
Prevenção de câncer
O ultraprocessamento dos ingredientes de que são feitas as rações exige altas temperaturas. Como consequência, há a criação de subprodutos cancerosos. .
Fim de problemas de pele, coceiras. Pelos saudáveis e brilhantes.
O uso de conservantes para que as rações tenham maior validade faz com que proliferem ácaros de armazenamento. Cães e gatos podem desenvolver muita sensibilidade a esses ácaros, resultando em pele inflamada com coceira, perda de pelo e infecções de ouvido recorrentes.
Aumento da expectativa de vida
Um estudo analisou 500 cães por um período seguido de quatro anos (1998 – 2002) e chegou à conclusão de que os que foram alimentados com dieta natural caseira, feita de ingredientes de qualidade – também usados para a alimentação de seus tutores – tiveram uma expectativa de vida maior do que cachorros alimentados com rações comerciais: 32 meses a mais.

Agora é com você…
Tutor ou tutora, mostre que você realmente considera seu cão e seu gato um membro da família. Demonstre seu amor e cuidado por ele, alimentando-o de forma adequada, não negligenciando mais sua alimentação. Somos o que comemos, e isso vale também para cães e gatos.Vamos repensar o modo como os nutrimos (ou melhor, os desnutrimos).
A PetMe acredita que alimentar, de forma consciente e saudável, nossos pets também levará à reflexão de nossos próprios hábitos alimentares. Assim, todo mundo sai ganhando.
E estaremos aqui com você para apoiá-lo/la nesta jornada, que começa a partir de agora.
Referências
Este texto foi produzido baseado nos seguintes materiais:
Livros:
- Give your dog a bone. Ian Billinghurst. Livro de autoria do veterinário australiano, criador da Dieta Barf (Biological Appropriate Raw Food), foi o pioneiro ao defender uma dieta natural, crua e biologicamente mais apropriada a cães.
- The Royal’s Treatment. Barbara Royal. Neste livro, a veterinária conta sua experiência no trato de animais selvagens e da aplicação na sua rotina diária com cães e gatos. Além de indicar a alimentação natural aos seus clientes, também trabalha com acupuntura e outros tratamentos alternativos.
Links:
- https://www.barfworld.com/ForAllergies/ItchySkinDryCoats
- https://www.barfworld.com/WhatIsBarf/IsRawSafe
- https://www.barfworld.com/ForWeightIssues/OverweightDogs
- https://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/escolha_dos_alimentos.pdf
- https://www.diabetes.org.br/publico/conhecendo-nutrientes/763-carboidratos-o-grande-combustivel-do-nosso-organismo
- https://www.dogsnaturallymagazine.com/how-dog-food-made/
- https://www.dogsnaturallymagazine.com/is-your-loving-kind-fluffy-dog-friend-a-carnivore-or-an-omnivore/
- https://www.dogsnaturallymagazine.com/kibble-never-a-good-option/
- https://www.dogsnaturallymagazine.com/pet-food-ingredients-and-facts-you-should-know-about/
- https://healthypets.mercola.com/sites/healthypets/archive/2018/01/09/dry-pet-food-health-problems.aspx
- https://healthypets.mercola.com/sites/healthypets/archive/2020/05/10/homemade-raw-pet-food.aspx
- https://healthypets.mercola.com/sites/healthypets/archive/2018/10/12/raw-dog-food.aspx
- https://truthaboutpetfood.com/how-many-times-are-ingredients-cooked-in-kibble-pet-foods/
Vídeos:
- Alimentos ultraprocessados: o que são e por que evitá-los. Carlos Monteiro. https://youtu.be/wxHMtDhcv_I A PetMe recomenda fortemente que você assista a este vídeo. Ele explica como surgiram os alimentos ultraprocessados, como são feitos e por que eles podem ser comparados a bebidas alcoólicas e cigarro.
- Pet Fooled (documentário). Documentário essencial para entender a indústria de pet food. Não deixe de assistir.
ATENÇÃO: A dieta crua só é recomendada para gatos saudáveis. Caso queira mudar de alimentação do seu gato, é prudente que você o leve para uma consulta no veterinário e faça os exames necessários. Para gatos com qualquer problema de saúde, o ideal é um acompanhamento mais próximo de seu veterinário e uma prescrição de dieta individualizada.
Aviso de segurança:A PetMe é um site meramente informativo. Portanto, todas as informações, dicas e sugestões nele contidas não substituem, em absoluto, a consulta a qualquer especialidade médico-veterinária.